Nada mais lógico do que iniciar com a definição do que seria Babalorixá e Ialorixá. Sobre isso, vamos ver o que tem a dizer o dicionário Aurélio:
Babalorixá sm. Bras. Rel. Pai-de-santo Ialorixá sf. Mãe-de-santo
Quando pesquisamos, então, o termo pai-de-santo, percebemos que o preconceito ao candomblé – explicitado na palavra “macumba” – também está presente no nosso mais famoso dicionário:
Pai-de-santo sm. Bras. Rel. Aquele que, nas macumbas e candomblés, se dirige à divindade e transmite aos crentes as instruções dela. [Pl. Pais-de-santo. Correspondente fem.: mãe-de-santo]
O objetivo desta página é expor um pouco do que realmente são os babalorixás e as ialorixás (ou iyalorixás), além do estereótipo usualmente exibido pela mídia e estigmatizado por boa parte da sociedade.
O babalorixá ou a ialorixá é o cargo mais importante dentro de um terreiro de candomblé. Mais que uma função, o posto é encarado como um dom. Um babalorixá já nasce babalorixá, com o talento de manifestar-se com os orixás e consultá-los, jogando búzios. Porém, para conquistar a posição, precisam passar por diversas obrigações, que incluem longos períodos de resguardo e meditação.
Além da função sacerdotal, os babalorixás e ialorixás exercem a função administrativa do terreiro de candomblé. Cuidam da casa, organizam as cerimônias, limitam a quantidade de filhos-de-santo e clientes do terreiro. O movimento de terreiros pequenos depende quase exclusivamente deles. Já em terreiros grandes, contam com diversos ajudantes, para garantir uma boa manutenção da casa.
Navegando pelas próximas páginas, você pode encontrar mais informações, vídeos e entrevistas sobre essa função fascinante. Aproveite!